|
Brasília - Ao chegar à Terra, parte da energia do sol é aprisionada na
atmosfera e isso a mantém "quentinha", a uma temperatura média de 30
graus. É esse efeito benéfico que os cientistas chamam de
Efeito Estufa, expressão que tem um sentido mais claro no original em
inglês greenhouse effect (Efeito de Estufa de Plantas). As explicações estão na página www.unfccc.org.
Sem o efeito estufa, não haveria vida na terra e nos oceanos, pelo
menos com a riqueza, a diversidade e complexidade que conhecemos hoje.
O problema é que, nas últimas décadas, os climatologistas perceberam
que a temperatura média do planeta estava aumentando, ou seja, está
acontecendo uma intensificação do efeito estufa.
Popularmente, portanto, se fala nos efeitos perniciosos do efeito
estufa quando na verdade se está fazendo referência aos problemas
trazidos pela intensificação desse efeito, não por ele em sim, que
existe há milhões de anos e é fundamental para a existência de vida no
planeta.
Nas últimas décadas, os cientistas passaram a estudar as causas desse
sobreaquecimento, alertando a comunidade internacional. Esse movimento
deu origem à Convenção das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas,
aprovada e iniciada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992, a Eco-92, ou
Rio-92.
A temperatura média do planeta já subiu 6 graus no século 20 e as
projeções indicam que subirá entre 1,4 grau e 5,8 graus até o ano 2100, se
nada for feito para deter o processo, segundo informe oficial do portal
de internet da Convenção. "Mesmo uma pequena elevação da temperatura
faz-se acompanhar por mudanças climáticas nas camadas de nuvens, nas
chuvas, padrões dos ventos e duração das estações do ano", destaca a
Convenção no portal da internet.
Os gases do efeito estufa formam como que uma "redoma de vidro" sobre o
planeta, deixando entrar a luz e aprisionando o calor. Originalmente,
esses gases somavam apenas 1% do total da atmosfera. O principal deles
é o dióxido de carbono (CO²), que tinha participação de 60% nessa soma.
Ocorre que os principais energéticos utilizados pelo homem nos últimos
séculos – madeira, carvão, petróleo e gás natural – liberam carbono (C)
na atmosfera e contribuem para formar mais dióxido de carbono (também
conhecido como gás carbônico ou CO²), que intensifica o efeito estufa.
O ciclo de absorção e liberação de carbono é um dos mais amplos e
importantes do meio ambiente e envolve ar, terra e seres vivos, águas
doces e oceanos. As plantas, por exemplo, absorvem carbono e o
armazenam. Mas a liberação de carbono no ambiente, pelo homem, acontece
numa velocidade maior do que a capacidade de absorção do ambiente.
Segundo dados da Convenção das Nações Unidas sobre o assunto, os níveis
de CO² na atmosfera estão crescendo 10% a cada 20 anos.
O Tratado de Quioto pretende reduzir as emissões de carbono,
particularmente as geradas por atividades industriais e veículos de
transporte. Objetiva também estimular todos os tipos de projetos que
preservem ou ampliem a capacidade do ambiente de absorver o CO² ou
outros gases causadores da intensificação do efeito estufa (ozônio –
O³ – ou metano, CH4, por exemplo), por meio do mercado de créditos de
carbono.
Outras informações sobre o efeito estufa podem ser encontradas na página oficial da convenção na internet, www.unfccc.org
|
|